Fotos: Beto Albert (Diário)
Passados quatros meses das fortes chuvas de abril e maio, as estradas estaduais ainda aguardam obras de restauração. São pontes que precisam ser finalizadas, asfaltos reconstruídos e sinalização reforçada. Mas o dinheiro ainda não chegou. As máquinas voltarão ao trabalho assim que o governo estadual repassar novos valores ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). É que a licitação para recuperação do asfalto em estradas como a ERS-509 (Faixa Velha), RSC-287 (só o trecho da Faixa Nova), ERS-149 (na Quarta Colônia) tinha previsão de várias obras de restauração, mas toda a verba foi gasta para refazer cabeceiras de pontes e consertar outros estragos da enchente de maio. Em junho, o Estado garantiu que repassaria mais verbas para, enfim, restaurar os demais problemas antigos dessas estradas, mas até agora, o dinheiro não veio e os buracos seguem.
Os santa-marienses sabem de perto essa situação com a RSC-287, por exemplo.
Nos 9 km do trecho conhecido como Faixa Nova, a comunidade reclama de pontos críticos, que se transformam em potenciais locais de acidente. Em dois trechos há muitos buracos expostos, e um asfalto visivelmente remendado. Mesmo que receba uma massa que simula uma camada de asfalto, os buracos aparecem recorrentemente.
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O Daer usou os valores designados para esses tipos de obras em ações emergenciais após as fortes chuvas. Até a publicação dessa matéria, a assessoria do órgão não havia retornado sobre quando uma nova verba estaria disponível para solucionar problemas como os da Faixa Nova. No entanto, extraoficialmente, a previsão é setembro.
A reportagem percorreu a rodovia em Santa Maria até a Base Aérea. Veja os pontos críticos (sinalizados em vermelho) no mapa.
O primeiro trecho mais danificado fica próximo ao posto de combustível Charrua. O segundo, fica entre o condomínio Casa Viva e o Novo Horizonte.
Os usuários indicam que em dia de chuva a situação é preocupante. Além de retirar a camada fina, aumentando ainda mais os buracos, os locais se transformam em pontos cegos. Quando os buracos ficam submersos, os veículos sofrem avarias e até ficam presos no local. O mecânico Cledeu Silveira, 44 anos, é testemunha. Ele faz o trajeto entre Faixa Nova e Bairro São José, pelo menos, 4 vezes por dia.
– O intenso movimento abre buracos na via. Em dia de chuva e com neblina, fica mais difícil dirigir por causa dos buracos. Inclusive aqui em frente (do posto Charrua), abrem buracos constantemente. Sou bem cuidadoso para não acontecer nada com o carro, mas é cuidado redobrado.
Próximo ao Atacadão, a situação das lombadas também preocupa.
O empresário Vilmar Sadi Raddatz, 60, mora e trabalha próximo ao ponto. Para ele, a situação está bem precária, principalmente, no quebra-mola.
– Acredito que pelo excesso de peso, o caminhão fica tracionando e o resultado é o dano à via. Até que essa semana uma máquina passou e deu uma melhorada, mas é algo que não dura. A gente que mora aqui do lado já conhece, o problema são os de fora. Ouvimos batidas direto. Os acidentes acontecem bastante – ressalta Raddatz.
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